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sexta-feira, 17 de março de 2017

Viagem: Roma (parte 2)

Olá!

Castelo Sant'Angelo

Esse post é continuação da minha narrativa dos 4 dias que passei em Roma. Para ler a primeira parte, clique aqui.

Dia 3 - Castelo Sant'Angelo, Piazza San Pietro, Basílica di San Pietro, Piazza Venezzia, Museu Capitolini, Trastevere e Jantar no Restaurante Carlos Menta.

      Esse roteiro acabou não sendo 100% executado porque saímos tarde, o tempo de locomoção do nosso grupo era sempre bem lento (até porque descobríamos em cima que a estação estava com a acessibilidade quebrada ¬¬ e acabamos chegando com as coisas fechando no final do dia.  Contudo, acho que é um roteiro bem viável.

     Nós usamos o Roma pass como 2ª atração incluído no cartão (já que Coliseu + Foro Romano + Palatino são considerados apenas uma atração).  A atração estava muito cheia e tivemos que esperar um bom tempo para que meu avô pudesse subir de elevador para conhecer o palácio (no primeiro piso não tem muito para ver).

    O castelo é circular, então é bem legal a vista das muradas. Parte desse andar foi revestido com vidros mas não acho que perdeu o encanto. As salas/quartos que tivemos acesso não tinham nada de formidável e tudo mais, contudo descobri depois por uma amiga que nós não conhecemos todo o castelo e que existe uma parte muito bonita e bem decorada :/ ficou para a próxima.
    A entrada no Castelo Sant'Angelo custa 13 euros.
    Funcionamento: 09:00-19:30 ( confirme o horário nos sites antes de ir)




    Nós almoçamos no próprio Castelo tendo a vista do domo da Basílica San Pietro e o preço da massa foi por volta de 10 euros.

    Seguimos a pé caminhando até o Vaticano (seguindo quase uma procissão de tanta gente que tinha) até chegarmos a Piazza San Pietro. É muita gente mesmo!!! Mas a scooter do meu avô ia abrindo caminho e uma hora nós chegamos. xD A piazza é só choque com a beleza das construções e grandeza;

   

 Entramos na fila para entrar na Basília e, por estarmos com meu avô, acabamos cortando um pedaço da fila pois o acesso dele seria por um elevador.
# Dica: Há audioguide com acesso pelo celular, portanto leve seu fone de ouvido!!! 

A Basílica é sensacional. O teto é tão longe e tudo é tão amplo. Mesmo apinhado de pessoa você não consegue dizer que esta cheio/lotado porque não chega a ficar sufocante.
Passeio maravilhoso!

AIMEUDEUS é a Pietá




E, para completar. é claro que tinhamos que passar um perrenguezinho né? Resolvemos subir do Duomo da Basílica.

Para começa: há um aviso do lado da bilheteria informando que são mais de 300 degraus até lá, sendo que além destes, você pode subir mais uns tantos degraus pela escada ou ir de elevador. Acerta aquele que sacrifica alguns euros e vai de elavador porque a subida total de escada sem o elevador são mais de 500 degraus.

A subida custa 6 euros de escada ou 8 euros com elevador.
O funcionamento é das 08:00 - 17:00 ( outubro - março), indo até as 18:00 nos demais meses.

Mas falando do perregue... 

Eu tenho problema com claustrofobia, e os corredozinhos da subida são tensos. Eu suava muito mais de pavor com as afiladas do corredor do que do exercício em si. No final eu estava correndo para acabar x.x Mas o perrengue vale super a pena porque a vista é maravilhosaaaaaa!!!!!


# Dica: existe visitação a necropoli do vaticano, contudo eu não consegui agendar mesmo entrando em contato pelo email com 3 meses de antecedência x.x Logo, se você tem interesse, sugiro que entre em contato o quanto antes com o Ufficio Scavi. 

      Nesses idos já era quase 16h e para irmos para a próxima atração, tínhamos que deixar mamãe e vovô no ponto do ônibus turístico para eles irem de forma mais confortável ( não há metro próximo a Piazza Venezzia. 

     Lógicooo que eu e Daniel nos perdemos para ir de transporte público até lá xD Mas chegamos por volta de 16:30. E cadê vovô e mamãe? Cadê bateria funcionando? 

     Acabou que eu e Daniel ficamos lá no "bolo fofo" batendo fotos e apreciando a vista e levemente nervosos porque não víamos o ônibus turístico. Acabou que nem subimos no elevador para ter a visão panorâmica - até porque acho que nem precisa, já que as escadas externas te levam bem alto. 
Por volta de 17:30 a gente encontrou com meu avô e minha mãe ( o ponto do onibus turistico era em outro lugar mais a frente do Museu Capitolino). 

     Aí, como sabíamos que os Museu fechava as 18h, resolvemos apenas ir no café que tinha lá mas... para acessar com a cadeira tivemos que subir uma rampa eternaaaaa porque não era acessível o lugar para o cadeirante. Essa era a rampa de acesso para carros.  Quando finalmente chegamos lá emcima eles avisaram que não valia a gente ir no café por causa do horário. Frustração. 

    Daí não tinha o que fazer: pegamos um busão - essa área é MUITO ruim para transporte público - e fomos jantar no bairro Trastevere. Como todo mundo tava cansado e com fome a gente nem explorou muito o bairro para escolher o restaurante: fomos no restaurante indicado e ADORAMOS! 

    Com um preço muito razoável (10 euros, menu turístico com entrada + prato principal + sobremesa), o Carlos Menta tem um ambiente muito agradável e uma comida saborosa demais! Foi uma das refeições que eu mais gostei e o preço pela qualidade e quantidade valeu muito a pena!
Endereço:  Via della Lungaretta, 101, 00153 Roma, Itália

Após a janta retornarmos para casa. 

Dia 4 - Museus do Vaticano, Capela Cistina, Almoço restaurante 3/4, Pantheon, Villa Borguese, por do sol no Pincio ( mirante da Piazzale Napoleone), Piazza del Popolo, Jantar no restaurante Al 34 e Piazza di Spagna. 




     Os ingressos para os Museus do Vaticano e Capela Cistina foram adquiridos antecipadamente ( e devem ser) no site https://biglietteriamusei.vatican.va/musei/tickets/do?weblang=en&do

     O preço do ingresso é 16 euros + 4 euros da reserva online. Você escolhe o horário que fará a visitação e deve estar lá antes do horário porque eles fiscalizam na entrada e isso acaba formando uma grande fila.  
     O Audioguide é opcional (mas eu realmente recomendo) e custa 7 euros. 
     Sugiro uma manhã (4h) para esse passeio porque é grande, é cheio e tem muita coisa para ver e ouvir. Nós ficamos uma eternidade na Capela Cistina porque eu quis ouvir todo o audioguide sobre ela. Apesar da pintura principal ser mega conhecida, ao vivo o feeling é outra coisa. Adorei mesmo o passeio!

    Saímos dos Museus e descobrimos que a estação de metro mais próxima tinha dado problema na acessibilidade - oremos, ô terra - e ai fomos andando para a próxima estação de metro acessível e no caminho encontramos o 3Quarti Ristorante, que foi uma surpresa saborosa. 
     Apesar de ser puxado no preço (prato único custando 12 euros) a porção é bem servida e vale a pena o almoço ou jantar no local para quem estiver no Vaticano. 
Endereço: Via Attilio Regolo, 21, 00192 Roma, Itália

    Após o almoço meu avô pediu para ir para casa, então demos um pitstop no ap e retornarmos aos passeios. Infelizmente, acabamos perdendo muito tempo nessa ida e volta e, quando chegamos a estação Barberini já eram 16h. 

    Fizemos novamente o caminho passando pela Fontana di Trevi (que acho que já reparam que eu gostei muito) e chegamos no Panteão. Particularmente eu não liguei muito não porque esse é o mal depois de algumas viagens... algumas coisas grandiosas acabam não impressionando tanto porque você já viu coisas maiores/mais bonitas/mais conservadas, etc. 
A entrada no Panteão é Gratuita. 




   Nesse dia escolher ir andando foi uma escolha errada pois quando finalmente chegamos a Villa Borguese o sol já havia decido e apenas existia aquele lusco fusco. Fiquei meio chateada mas a vista do mirante a noite é muito bonita também. Nós ficamos uns 30 minutos lá olhando e descansando. 


     Depois descemos até a Piazza del  Popolo (que aparece no filme Anjos e Demônios), batemos umas fotos meio correndo porque tinham vários vendedores chatos assediando e fomos jantar no Ristaurante Al 34 (estávamos meio cismado com 3 e 4 nesse dia né xD) 
Massas gostosas, vinho gostoso. Preço dentro da "média" que descobrimos para um jantar bom (por volta de 10 euros o prato).  É uma pedida para quem tá nos arredores da Piazza di Spagna. 
Endereço:  Via Mario de' Fiori, 34, 00187 Roma, Itália

Fui desafiada... subi, mas foi uma merda descer xD
      Para fechar o dia, passeamos um pouquinho na Piazza di Spagna, que fica super iluminada por causa da igreja Trinita del Monti localizada no alto de um morrinho, batemos várias fotos na Fontana della Barcaccia e da escadaria que leva a igreja. 
Pegamos o metrô e voltamos para o ap, finalizando nossos dias em Roma. 

No dia seguinte levamos minha mãe e meu avô até o aeroporto e retornamos para o Termini para continuarmos a viagem pela Itália. 

Até Cinque terre! 


quarta-feira, 15 de março de 2017

Viagem: Roma (parte 1)

Olá!

Demorou horrores para eu continuar as narrativas do meu último mochilão - Lisboa/Roma/Cinque Terre/Costa Amalfitana - mas eu estou retomando com o que eu fiz em Roma.

Para começar, sobre a Itália:

Transporte = fomos para Roma de avião de Lisboa pela empresa aérea TAP. O trecho custou 200 reais. Valeu para gente porque nós fomos para Lisboa e a TAP era a melhor empresa em termos e valor para fazer esses trechos.
Para quem vai para Itália (e só Itália), recomendo - pelo preço somente - a ALITALIA.

Entre as cidades: usamos trem sempre, mas há quem fale de fazer os trechos de carro ou ônibus. As passagens de trem foram compradas no site TreNitalia (e não TreMitalia, que tem taxas extras).

Hospedagem = em Roma ficamos em um apartamento locado pelo site airbnb. Nos demais locais pela Itália, reservamos pelo booking.com e hostelworld.
    Nossos parâmetros para escolha de qualquer hospedagem sempre são: distancia das atrações, nota atribuída, comentários negativos (para ver se tem algo que não dá para aceitar), fotos dos banheiros (sim, só hospedagem com fotos do banheiro) e o valor.
    O máximo que gastamos para o casal com hospedagem é 40 euros por noite e. quando a diária é inferior, a diferença costuma ser absorvida por eventual local que só conseguimos hospedagem mais cara (que foi o caso da Costa Amalfitana).

   Para grupos (a partir de 3 pessoas) sempre recomendo alugar um ap no Airbnb porque economiza-se mais de diversas formas, além de ter-se mais privacidade.

ROMA


     Cidade bem caótica, com um transporte público bom - diante dos parâmetros tupiniquins - mas bem ineficiente em relação a um parâmetro europeu (estações com acessibilidade com defeito, coisas quebradas, cheiro de urina e atraso SEMPRE nos trens).
     As pessoas que moram lá costumam não dar informações ou mesmo serem muito rudes com os turistas - algo que me foi narrado por outras pessoas também. Os italianos de forma geral são muito simpáticos e solicitados SALVO os romanos. xD

Mas foram dias felizes, de muitas caminhadas e pontos turísticos magníficos.

Dia 01 - Chegada a Roma, Check in no apartamento, Coliseum e Jantar no restaurante Luzzi

Chegamos no aeroporto Fiumiccino e já haviamos comprando os bilhetes do ônibus expresso Fiumiccino - Termini (estação central de trens e com estação do metrô). Compramos pela internet no site da Terravision  por 4 euros por pessoa. Há trem expresso mas é bem mais caro - mas mais rápido. Pegamos o trem na volta para Roma - mas isso eu conto lá no fim da viagem.

O check in no apartamento demorou muito mais do que o esperado porque o host pediu a sua mãe - que não falava inglês - para nos informar as coisas e, para completar, apesar do prédio ser acessível, o host não possuia as chaves para ligar os elevadores para cadeira de rodas. Demorou quase 2 horas entre nossa chegada até a gente conseguir que alguém emprestasse a chave (apenas para subirmos a primeira vez) com as coisas.

# Pessoas que tem necessidades especiais SEMPRE enfatizem muito no ato de reserva o que você precisa para a sua estadia. O host justificou todo esse problema porque eu não avisei com antecedência que teria um cadeirante comigo mas perdeu todo o argumento quando eu disse que na divulgação do imóvel ele divulgava que o apartamento era acessível, logo, é responsabilidade do host ter os meios para providenciar essa acessibilidade (e não resolver providenciar quando tiver um hospede). A situação foi muito chata porque bastava que ele tivesse as chaves. Para piorar, ele falou para que eu fizesse a cópia das chaves para que eu usasse os elevadores.

Resolvida a questão da hospedagem e recepção da scooter para mobilidade do meu avô, seguimos para o Coliseoum mas tivemos sérios problemas para chegar lá porque a estação de metro do Coliseum tem uma acessibilidade parcial - só para cadeirantes com cadeira de roda comum. Tivemos que dar uma volta que simplesmente se resumiu a 1h de atraso.

Chegamos em cima da hora no Coliseu mas deu para fazer a visitação.





A nossa entrada estava incluída no cartão Roma Pass que adquirimos pela internet pelo valor de 38,50 euros. Neste valor esta incluído transporte ilimitado para 72h, a visita de 2 pontos turisticos- escolhemos os mais caros Coliseu/Foro Palatino e Castelo Sant'angelo - e desconto na entradas dos demais pontos turísticos.
# Não deixe de checar se as atrações que você vai ver estão incluidas e se realmente você vai precisar do uso de transporte ilimitado. Para que se hospeda próximo as atrações e pode ir a pé, acho que o cartão não compensa. 

A entrada do meu avô e da minha mãe (sua acompanhante) foi feita de graça e eles não pegaram qualquer fila. Mil elogios ao pessoal do Coliseum pelo tratamento diferenciado para pessoas com dificuldades de locomoção.

Após sermos expulsos (hehe, falei que chegamos em cima do horário né) do Coliseum, a fome já tava negra e fomos no restaurante recomendado e próximo do Coliseum chamado Luzzi,

imagem obtida pelo google maps
Endereço: Via di S. Giovanni in Laterano, 88, 00184 Roma, Itália.


Preço: 20 euros para o casal. (com 2 taças de vinho!!)

O restaurante é sensacional minha gente. O local é meio rustico e simples mas a comida é boa e o preço é justo.

Cuidado apenas para a enorme fila que costuma ter no local nos horários de pico. ^^


Dia 02 - Hop Hop bus, Foro/Palatino, Almoço no Hard Rock cafe, Gelatto no White Caffé, Caminhada das Fontes.

Nesse dia, meu avô e minha mãe resolveram fazer um tour menos cansativo, optando por pegar um ônibus de turismo. Eles optaram pelo ticket de 48 horas com almoço no Hard Rock café incluido oferecido por um dos milhares de vendedores desse tipo de serviço no Termini. A escolha por essa (que não me recordo o nome, mas acho que é a Green) foi por terem áudio em português.
Custou 38 euros todo o serviço, sendo que essa empresa o tour de 48h, sem almoço, já era um pouco mais caro mesmo que a empresa que costuma escolher (sightseeing - 28 euros por 38h na época). A verdade é que o pacote nessa outra empresa era feito para valer muito a pena fechar o almoço.

Enquanto eles faziam o tour no ônibus, eu e Daniel fomos para o Foro Romano e Palatino, cujos ingressos estão incluídos como única atração junto com o Coliseum no Roma Pass.

É um passeio de dia inteiro  e gostei MUITO do passeio e recomendo. É uma viagem no tempo!






O almoço no Hard Rock foi o esperado - a comida é boa e as porções são bem servidas mas o preço.... Para o meu avô e minha mãe saiu barato, já que incluído no ticket do bus - para nós custou 27 euros (muito caro para nossos padrões de almoço).

Após o almoço, passamos no Café White para tomar gelattos e só rolou alegria. Que delicia de gelatto! Super recomendo! O café White esta localizado bem proximo a piazza barberini e da lá começamos nossas caminhadas.

Dali começamos a caminhada das fontes: Fontana del Tritone (Piazza Barberini); Fontana de Trevi; Fontana di Nettuno e Fontana del Moro. É uma caminhada longa mas que vale muito a pena para conhecer a cidade.

Como nós queríamos ver a fontana de trevi iluminada, nós voltamos o caminho até ela.


E assim acabou o 2o dia em Roma.

Até o próximo post (ainda tem mais 2 dias em Roma!!)







segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Viagens: acessibilidade em Lisboa e Roma

Olá!


Hoje o post é apenas para ajudar aqueles viajantes com dificuldade de locomoção que pretendem conhecer as cidades de Lisboa, em Portugal e Roma, na Itália.

Esse ano viajei com meu avô para comemorar seu aniversário de 80 anos e foi uma luta obter informações sobre acessibilidade pois não existe nenhum lugar em que as informações estejam concentradas.

(IMPORTANTE) O meu avô apenas tem dificuldade de locomoção em razão da idade e artrose nos joelhos, portanto, diversas vezes durante nossos passeios era necessário que ele andasse sem a cadeira ou subisse pequenos degraus para nós (acompanhantes) içarmos a scooter de mobilidade.

Assim, minha intenção com esse post é apenas dar umas dicas e falar sobre o que fizemos, contudo o leitor deve SEMPRE checar as informações junto as atrações para saber se a acessibilidade esta funcionando.

1) Acessibilidade nos aeroportos: 

Para começar, quando você comprar a passagem aérea ou até 72h antes da viagem, você pode informar a empresa área que o passageiro precisa de auxilio. Isto porque os aeroportos estão virando verdadeiras cidades e as vezes andamos quilômetros (sem exagero) entre a área de despacho de bagagens e o portão de embarque.

Pensando nisso, existe um pacto na União Europeia que obriga os aeroportos a ter todo uma equipe de apoio a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, de graça, bastando que o passageiro informe a companhia aérea para que esta repasse a necessidade para o aeroporto e o resto é providenciado por eles.

Na chegada do aeroporto, dirija-se ao balcão de informações do aeroporto, informe o código localizador do vôo e empresa aérea. Eles chamam o pessoal da acessibilidade e daí para frente não tem preocupação pois o aeroporto de destino é informado do embarque da pessoa que solicitou assistência.

Para o caso do meu avô, foi disponibilizada uma cadeira de rodas e um ajudante para empurra-la pelo aeroporto. Normalmente essas pessoas ajudavam com muito mais do que isso, porque nos indicavam caminhos e, além disso, facilitavam a questão da imigração, possibilitando que meu avô e minha mãe passassem por locais especiais sem a demora e o cansaço dos tramites normais.

No aeroporto de Lisboa, além da cadeira e o ajudante, foi realizado o transporte dele até o portão de embarque em um carrinho de golfe.



Site aeroporto de Lisboa:  http://www.aeroportolisboa.pt/pt/lis/servicos-e-compras/servicos-premium/experiencias-unicas
Site aeroporto Fiumicino (Roma): http://www.adr.it/pt/web/aeroporti-di-roma-en-/pax-fco-reduced-mobility

2) Sobre a mobility scooter:


Você deve conhecer essa cadeirinha por ver programas norte-americanos ou filmes em que aparece um pessoal usando elas em supermercados e em diversos outros lugares. Pelo que eu pesquisei o acesso a elas é extremamente fácil nos Estados Unidos.

Na Europa é possível aluga-la mas não foi uma tarefa fácil encontrar mas no final das contas eu consegui.

Em Lisboa nós alugamos uma mini scooter na loja "Mais que cuidar". A loja funciona de segunda a sábado, sendo que você pode receber a scooter no hotel ou apartamento (nós alugamos apartamento) ou você pode buscar diretamente na loja (e economizar 50 euros).
A diária custa 9 euros.
Realizei todos os arranjos por e-mail e estava tudo pronto quando cheguei no horário informado para recolhimento da cadeira. A empresa foi muito solicita quando precisei postergar o aluguel.

Site: http://www.maisquecuidar.com/AluguerScooterMini.htm

Em Roma a situação ficou mais difícil (principalmente financeiramente). Somente encontrei duas lojas que disponibilizavam o aluguel desse tipo de scooter e uma delas o valor era tão exorbitante que eu me vi sem opção.
De qualquer forma, afora o alto valor do aluguel, tudo correu perfeitamente com a empresa "Acessible Italy.com"
Essa empresa não há a opção de pegar na loja, então você paga a taxa de entrega de 55 euros.
Além disso a diária é bem mais cara que em Lisboa, 34,80 euros por dia (ou 198,70 euros por uma semana).
Também realizei todos os arranjos por e-mail e a entrega e recolhimento aconteceram sem problemas.

Devo acrescentar que a scooter italiana tinha rodas maiores e um motor mais potente, o que facilitou muito os grandes deslocamentos nas atrações italianas.

Site: http://www.accessibleitaly.com/accessibility-in-italy.html

3) Sobre usar transporte público:

Tanto em Lisboa como em Roma nós somente utilizamos transporte público, isto é, metrô e ônibus.

Em Lisboa o transporte é maravilhoso para o cadeirante, qualquer que seja, se ficar hospedado na área da linha que sai do aeroporto e vai até a estação são sebastião pois TODAS as estações são 100% acessíveis, com elevadores de verdade para acesso as estações e o embarque. Atenção, apenas, na hora de embarcar no vagão do metro para sempre ficar posicionada bem a frente na estação para que o motorista do metrô veja você e espere que você entre. Na realidade, algumas vezes o motorista saiu da cabine de controle para ajudar no embarque do meu avô com a cadeira elétrica.

Nos primeiros dias ficávamos nervosos na hora do embarque, como medo da porta fechar em algum de nós, mas após pegarmos essa dica, tudo ficou muito mais fácil.

Para as áreas que o transporte não era acessível, compramos um bilhete de 24h de ônibus turismo - http://www.city-sightseeing.com/tours/portugal/lisbon.htm cujo bilhete custa 19 euros e vale para 24 horas (logo, dependendo do horário que você compre, vale até o próximo dia) e possui aquela adaptação para que o cadeirante suba da cadeira para o ônibus.

Ele deixa o turista do lado dos pontos turísticos e poupa o estresse de ficar indo de um lado para o outro procurando taxi ou bondinho, além de ter aqueles audioguides que contam a historia do lugar.

Já em Roma, NÃO RECOMENDO USO DE TRANSPORTE PÚBLICO.
Somente tenho reclamações em relação a estrutura da cidade para cadeirantes. Praticamente NÃO EXISTEM RAMPAS para se locomover pela cidade, diversas estações que eram acessíveis tinham o elevador de transporte da cadeira quebrado ou não eram adequadas para carregar uma scooter, obrigando que nós fossemos a outras estações.

Na real, teria sido impossível para o meu avô ter feito Roma sozinho com a scotter de transporte publico ou cadeira de rodas... enfim, não tem como um cadeirante se locomover sozinho pela maior parte da cidade.

Eu recomendo que o cadeirante gaste mais com a hospedagem, se localizando bem perto das atrações, e pegue o ônibus turístico para conhecer a cidade. É muito mais confortável que tentar se aventurar com o transporte público e muito menos estressante.

Existem diversos tipos diferentes de ônibus turísticos em Roma, e eu recomendo a compra do bilhete de 72 horas porque você separa as atrações que você quer ver por área, com calma.
Site: http://www.hop-on-hop-off-bus.com/rome-bus-tours ou você compra na hora com outra empresa. Praticamente todas as empresas que fazem esse tipo de serviço tem ônibus acessível.

3) Passeios na cidade de Lisboa, Fátima e Sinta (Portugal):

Um elogio que tenho que fazer em relação a Lisboa é na ótima pavimentação e a presença de rampas por quase todo o centro da cidade, facilitando muito que meu avô se locomovesse com a cadeira sem qualquer necessidade de ajuda. 

Contudo, para ir para a área de Belém, onde estão localizadas  as atrações do "Padrão do Descobrimento", "Mosteiro dos Jerônimos" e "Torre de Belém" é necessário ir de taxi ou pegar um dos ônibus de turismo que existem na cidade.

Outra área que precisa de táxi é para visitar o Castelo de São Jorge.

Meu avô foi no Oceanário de Lisboa, Elevador de Santa Justa e Mosteiro dos Jerônimos (passeio parcialmente acessível). Padrão do Descobrimento estava em obras.

Outros passeios que são acessíveis são: Castelo de São Jorge (mas não é muito fácil o acesso e só de parte do passeio) e Ruínas do Carmo.

Na cidade de  Fátima, que deve interessar mais aos católicos, tudo é acessível e foi muito útil para galgar as grandes distâncias do Santuário de Fátima o uso da scooter.

Em Sintra, os passeios consistem de forma geral em visitação de castelos. Em que pese eu ter visto que o Castelo da Pena e Castelo dos Mouros são acessíveis, ainda acho muito custoso o acesso e o passeio no local. No dia que visitamos a cidade o meu avô foi sem cadeira e apenas passeou pelo centro com a minha mãe.

4) Passeios em Roma (Itália):

Já disse antes mas vou repetir: Roma é uma cidade muito difícil para o cadeirante. Contudo, se localizando perto das atrações e comprando o passeio nesses ônibus de turismo acho que os problemas ficam resolvidos pois todas as atrações me pareceram bem preocupadas em facilitar o acesso dos cadeirantes.

No Coliseu bastou eu falar com o pessoal sobre o meu avô que eles rapidamente nos colocaram em outra fila para comprarmos os bilhetes (não cobraram o bilhete da minha mãe e do meu avô). O mesmo ocorreu no Castelo S'Antangelo, Museus do Vaticano e Basílica de São Pedro. Em todos em lugares disponibilizam rampas e elevadores para o acesso do cadeirante.

Isso não significa que essas atrações são fáceis de acessar. Mesmo com ônibus de turismo existe uns longos trechos entre o local de desembarque e o acesso a atração, logo, faço forte recomendação de que alugar a scooter para que a pessoa se sinta independente e para que não seja muito cansativo o deslocamento. O piso em Roma é praticamente todo de blocos de pedra, então faz diferença ter o motor para levar a cadeira, e não os braços.

Outros lugares que possuem elevador mas que eu não fui com o meu avô são: Piazza Venezzia / Museu Venezzia/Elevador de Vitor Emaluelle e Museo Capitolini, sendo que chegar nesse ultimo é uma enormeee e ingreme rampa, que somente foi possivel ser vencida porque estavamos com a scooter (mesmo assim a gente foi atras da cadeira pro caso de dar algum problema ou qualquer coisa do tipo).

Recomendo pegar um taxi para o dia de visitação dessas duas atrações (uma do lado da outra) para que na chegada ao museu capitolini o taxi possa desembarcar o cadeirante na porta de entrada e poupar essa "aventura" de subir a rampa.

O Fórum Romano e Palatino são inacessível - não importa que eles digam que é acessível. Não consigo imaginar muitos cadeirantes ou pessoas com scooter se locomovendo lá confortavelmente porque o piso é todo desnivelado. Não recomendaria.


5) Hospedagem:

Todo mundo sabe mas não custa enfatizar que vale o investimento em hospedagem não só acessível mas próxima as atrações.

Em Lisboa, recomendo hotéis próximos a estação de metrô Rossio pois é a única acessível que fica no coração da cidade e ao mesmo tempo te leva ao aeroporto, com uma única baldeação na estação alameda. Outra opção é ficar um pouquinho mais distante mas próximo a qualquer estação da linha rosa/vermelha que liga o Aeroporto - nós ficamos na estação Encarnação.

Em Roma, recomendo se hospedar próximo ao Termini (que além de estação de trem, é uma estação de metrô acessível), para que a chegada do aeroporto e embarque nos ônibus turísticos sejam fáceis.


É isso pessoal. Se tiverem dúvidas coloca aqui que eu tento dar uma luz.

Até!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Lalandando: a minha nova viagem para a Europa

Olá pessoal!


Acabo de retornar da minha segunda viagem para a Europa e, de forma a dar informações mais diretas para os leitores do blog, além de separar os posts por cidades, irei fazer posts específicos sobre a acessibilidade para cadeirantes nas cidades de Lisboa e Roma.

Os posts de cada cidade serão quinzenais e na ordem do roteiro.

O roteiro dessa viagem foi:

Lisboa - 3 dias
Sintra - 1 dia
Fátima / Leiria - 1 dia
Roma - 4 dias
Cinque Terre - 2 dias
Sorrento - 3 dias
Capri - 1 dia
Nápoles - uma manhã

Se o roteiro com essa quantidade de dias ficou bom?
Na boa, vai de pessoa para pessoa. O estilo de viagem determina quantos dias você deve ficar em uma cidade ou não.
Acho que Portugal esta com um gosto gritante de quero mais pois queríamos ter ido a Obidos, mas não deu tempo, queriamos ter conhecido melhor Sintra, mas não deu tempo. Descobrimos outras cidades que nem pensávamos em ir e provavelmente estarão em um roteiro futuro, e na real ficou faltando colocar a cidade do Porto nesse roteiro.
Acho que para ficar satisfeito com Portugal tem que separar uns 15 dias, alugar carro e ir rodando. Vale muito a pena.

Roma + Vaticano em 4 dias dá bom. Colocaria 5 dias para não ficar corrido e ser possível ir a todas as ruinas/atrações/restaurantes mara de Trastevere.

Cinque terre - 2 dias esta ótimo! Mas se sua viagem estiver com dias folgados, colocaria 3 dias porque não custa nada relaxar um dia inteiro na praia de Monterosso.

Sorrento - 3 dias é corrido DEMAIS porque essa cidade é ponto de base para conhecer a costa amalfitana. Recomendo 1 dia para conhecer cada cidadezinha (Positano, Ravello, Amalfi...)

Capri - 1 dia é suficiente ou pelo menos foi suficiente para nós.

Nápoles - se arrependimento matasse. Uma manhã só serviu para dar aquele feeling de temos pelo que voltar. A cidade tem bastante coisa para ver e fazer. Boto fé que uns 3 dias aqui é uma boa.

# Fica a dica: recomendo não combinar Itália com outros países. Há um interesse absurdo em diversas cidades italianas então, de forma a otimizar o gasto de tempo e dinheiro, recomendo gastar todo o tempo de viagem que tiver na Italia - até porque ir de outros países para lá exige investimento de tempo e dinheiro que seriam desnecessários se você fizer tudo por lá. 

Recomendações adicionais sobre montagem do roteiro: nem que você faça vários bate-volta, compensa ficar pelo menos 3 dias em cada cidade que você for. O tempo e o cansaço de diversas transferências mata muito a viagem. Em uma próxima viagem minha eu pretendo intercalar grandes cidades (que recomenda-se pelo menos 5 dias) com cidades menores (3 dias).

Passagens aéreas: eu utilizei o decolar.com e o skyscanner para pesquisar os melhores preços de passagens e É POSSÍVEL viajar pra europa (e para qualquer lugar) gastando bem menos só por acompanhar os alertas dessas empresas.
Nós gastamos menos de 2 mil reais por pessoa no trecho: Rio x Lisboa + Roma x Rio e 200 reais por pessoa no trecho Lisboa x Roma.
   Todas os nossos trechos aéreos foram com a TAP.

Hospedagem: (ALERTA MOCHILEIROS!) nesse mochilão nós não tivemos como manter o nosso padrão de baixo custo no estilo mochileiro.

Na primeira parte ficamos em apartamentos (excelentes) locados pelo site airbnb e na segunda parte optamos por bed and breakfast porque os hostels nesses locais tinham um preço que, para duas pessoas, não compensava.

#Alerta 2 para os mochileiros; Italia, de forma geral, é muito cara! Não recomendo para aqueles que querem viajar mais porque certamente uns dias na Italia dão uma baqueada no orçamento. De qualquer forma, o alerta maior é para QUALQUER VIAJANTE: Cinque Terre, Sorrento e Capri são áreas CARAS mesmooo (a la bariloche). 
Logo, se resolver ir nesses lugares se prepare financeiramente porque comer, dormir e fazer qualquer coisa aqui tem que pagar e muito caro.

Sobre o Airbnb: é um site seguro tanto quanto o booking. Você deve ter o cuidado, apenas, de enviar um e-mail para o seu host, falando sobre você e sobre sua viagem. Nem sempre o seu pedido de reserva é aceito então por isso é importante encaminhar a mensagem pelo site.
SEMPRE leia os comentários das pessoas que se hospedaram para saber suas opiniões sobre o host e sobre o apartamento. Mesmo que as fotos sejam lindas, confirme a localização do imóvel e se ele de fato possui tudo o que você precisa.
    O Airbnb é MUITO aconselhável para viajantes que estão em grupo pois ao dividir o valor da diária de um apartamento para várias pessoas fica um valor bem inferior a qualquer diária de hotel com o acréscimo da privacidade e a possibilidade de cozinhar em casa (e economizar uns bons euros)

Passagens de trem: vale a pena (e muito a pena) se programar e comprar as passagens com antecedência porque os preços são infinitamente menores para quem compra antes. Parâmetro: gastamos 19.80 euros por pessoa no trem de La Spezia (Cinque terre) para Nápoles sendo que o custo normal são 80 euros por pessoa. Já é uma fortuna visto assim, agora converte e veja a realidade.
   Todas as passagens de trem foram comprados no site trenitalia.com (com N mesmo gente, o com M é  mais caro!)

Então é isso pessoal, continuem acompanhando o blog para mais informações sobre cada uma dessas cidades.

Até!