sexta-feira, 20 de maio de 2016

Livros viajantes: A bibliotecária de Auschwitz

Olá! 



E esta é a 6ª rodada do Livros Viajantes \o/ 

Quem acompanha o blog ou me conhece sabe que tenho fraco por histórias que se passem durante guerra. Após meu mochilão, em que eu conheci o 1ª campo de concentração - localizado em Dachau/Alemanha - e fui no memorial do holocausto - Berlim/Alemanha, acho que fiquei ainda mais envolvida com essa questão. 
As aulas de história nos ensinam datas e acontecimentos importantes mas nós não estudamos as pessoas que viviam naquela época. É um estudo bem pouco humano no final das contas. Nós aprendemos que os nazistas tratavam os judeus e demais perseguidos como trabalhadores escravos. Nos foi ensinado que muitos judeus não morriam nas câmaras de gás mas por doenças ou cansaço. 
Mas, quantos de nós pensaram a fundo sobre isso? Sobre as condições de vida em um campo de concentração? 
Esse livro te leva para dentro da realidade do judeu que viveu no campo de concentração que matou a maior quantidade de judeus durante a 2ª Guerra Mundial - Auschwitz, na Polônia. 
 A protagonista (que existiu de verdade) te conta como era a fome, o cansaço, o medo dos alemães opressores, a desesperança, a constante desconfiança de sofrer uma traição e a perda de tudo (até a dignidade)!

Mas o livro acrescenta muito mais: esperança. Uma escola clandestina construída em um "campo familiar". Os nazistas queriam dar uma "boa impressão" internacional em relação ao tratamento dado aos judeus nos campos de concentração e por isso criaram o "campo familiar" e permitiram a criação do barracão 31 para cuidar das crianças - para que essas não atrapalhassem os pais.  A ordem era para que nenhum conhecimento de verdade fosse passado e que somente adivinhações e brincadeiras fossem realizadas. 
Corajosos presos se organizaram e ministravam verdadeiras aulas de história e geografia. A duras penas ensinavam alguma coisa e diminuíam o medo e a fome das crianças.  E obtiveram algo estritamente proibido de estar na posse de um prisioneiro: um livro. Na verdade, mais de um livro. 
A protetora desses livros era uma menina de apenas 14 anos que arriscava TODOS OS DIAS sua vida em prol de manter os livros acessíveis aos professores do bloco 31. 

Eu realmente adorei esse livro e lógico que eu RECOMENDO fortemente a leitura. Nós não podemos tratar acontecimentos históricos de um ponto de vista puramente objetivo. As pessoas viveram e, principalmente, sofreram com a guerra e isso não pode ser ignorado. 

Na realidade, cada detalhe da vida dessas pessoas deve ser considerado por nós para que no futuro guerras e massacres não voltem a ocorrer. Temos que resgatar a empatia na sociedade e evitar que a vida torne-se algo tão numérico e banal. Sofrimento, de ninguém, deve ser visto apenas como estatística. 
Logo, leiam esse livro e outros que falam sobre as atrocidades humanas contra outros humanos. 
Dói, mas reflitam sobre isso. E não fujam em suas viagens desses locais. FAZ PARTE do nosso crescimento aprender com os erros! 

Até! 

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