sexta-feira, 15 de abril de 2016

Eurotrip: Berlim (parte 2)

Olá!

Altes Museum
Este post é a continuação do meu relato de viagem sobre os 5 dias que passei em Berlin. Se você ainda não leu a parte 1, clique aqui, e veja o que eu fiz nos dois primeiros dias na capital alemã. 


Dia 3: Ilha de Museus

A Ilha de Museus é um pedacinho muito cultural de Berlim que concentra 5 museus muito próximos uns aos outros. Eu comprei o Welcome Berlin Card, o qual me dava acesso ilimitado a todos esses museus por 3 dias e descontos em outras atrações.  Os Museus que escolhi para esse dia foram Pergamon Museum e o Altes Museum. 
O Altes Museum tem uma vasta coleção de obras de esculturas e artigos gregos e romanos. É um museu grande e eu me diverti muito zoando com as esculturas. Realmente os detalhes são muito legais mas diversas vezes eu ficava rindo sozinha porque as pinturas em jarros ou esculturas me soavam muito engraçadas xD Tipo esse jarro ai do lado em que o indivíduo parece estar dançando embalos de sábado a noite auhuahuahuahuah 

Eu cheguei na Ilha de Museus as 10h e permaneci 2h no Altes. Honestamente, a não ser que a pessoa se interesse horrores por cada detalhe e ouça integralmente o audioguide, não vejo porque ficar mais do que esse tempo. 
Novamente tentei visitar o Berlim Dom mas não consegui nessa hora x.x só era possível fazer a visitação completa mais tarde, porque nesse dia estava acontecendo alguma celebração especial. 

Almocei um wrap delícia com chá gelado em um restaurante ali perto, interessada no wi fi do lugar acabei escolhendo bem. 

Peguei fila no Pergamon, e acabei entrando no museu somente as 13:30. O Pergamon me deixou de boca aberta! Foi muitooo emocionante e divertido. Entrar no museu e dar de cara com  reconstrução do Ishtar Gate foi demais. E aí o audioguide te informa que essa parte é a menor... magina a maior? Muito fabuloso!


Ir nesse museu foi uma experiencia diferente das demais visitas a museus porque os ambientes não estão só cheios de relíquias mas você se sente transportado para a antiguidade por estar em um ambiente antigo. Eu adoro história da antiguidade e o museu fornece muito disso.

Eu fiquei 3h nesse museu mas acho que porque tudo me interessava muito e eu ouvia quase todos os audioguides. 

Recomendo muitissimo esse museu para todo mundo. 
Em 2020 eu volto a Berlim para ver a parte nova do museu que promete ser um arraso (na verdade Berlim vai estar cheia de coisas novas em 2020). 

Saí do Pergamon e parti para o Berlin Story Bunker, que fica próximo a Potsdamer Platz. A entrada custou 7 euros, tarifa reduzida em razão do Welcome Card. 

Admito que fiquei meio decepcionada assim que entrei no lugar porque eu esperava visitar um bunker mas dá entrada você vê salas escuras e barulho de gritos. Aí você vai vendo vários bonecos e ambientes escuros e alguns cartazes explicando o que cada sala representa (peste negra, tortura..) Deve ser interessante para levar crianças mas para mim foi bem chato. 

Aí você chega no fim do caminho e te falam para subir uma escada. Quando cheguei no segundo andar um grupo de meninas estava lá. Aí quando fiz menção de entrar na próxima sala elas gritaram: "Não entre aí sozinha!" e eu perguntei porque e elas explicaram que a próxima sala tinham pessoas que davam susto nas pessoas. Chamei elas para irem comigo e acabou sendo uma experiencia muito engraçada. 
Mais uma vez, eu estava muito decepcionada com a atração, que atrai o visitante por ser um bunker mas até então eu não havia visto nada falando sobre isso. Essa parte somente foi divertida porque eu estava com essas meninas. Se eu estivesse sozinha teria ficado puta com varios atores tentando me dar sustos..

Por fim, o caminho tem indicações que deve-se descer as escadas. Após dois lances chegamos em um corredor bem iluminado com uma mocinha para entregar audioguides. Nesse momento pensei: agora cheguei nos bunkers. 

Mas não. Esse andar é um museu que conta a história da Alemanha, tem miniaturas e vários cartazes e videos em cada sala. Aí, na última sala, temos o que foi mantido do bunker e a história de uma sobrevivente que, após a destruição da casa de sua família, buscou abrigo lá com a família. 

A história contada mostra a realidade triste da superlotação dos bunkers em Berlim durante a segunda guerra mundial, quando as pessoas começaram a morar nos bunkers porque não tinham mais suas casas. A superlotação gerava insalubridade nos locais e reações suicidas nas pessoas. Um ambiente extremamente traumatizante para adultos, imagina para crianças. 

E aí o tour terminou. Não recomendo como visita a bunker porque não cumpre o que se propõem mas é um passeio bom para quem viaja com crianças. 

Dalí, fui a pé até o checkpoint charlie que, já estava fechado :( Mas o museu do Check point charlie estava aberto (na verdade fica aberto até as 22h então não há desculpa para não ir).  A entrada é salgada. 9,70 euros! 

O museu é cansativo porque tem milhões de placas com muitas informações. Pessoas que não curtem leitura: não vá. Não compensa. 
Mas eu gostei muito. Li todas as placas, me emocionei com uma ou duas histórias de fugas bem sucedidas de Berlim oriental para a parte ocidental. 

É muito legal também descobrir heróis escondidos. Pessoas que podiam ter se acovardado mas deram a vida para salvar desconhecidos. Show de humanidade!

Eu jantei logo do outro lado da rua em um ótimo restaurante italiano. Pedi uma massa deliciosa com vinho e custou 13 euros. 

Dali, peguei o metrô e voltei pro hostel. 

Dia 4: Dia de Tours
A manhã no dia dos tours

Esse dia eu divide em 2 partes: a primeira parte foi para conhecer a "Igreja quebrada" e a 2ª parte eu fiz 2 tours com uma empresa. 

Como os três dias de transporte já haviam acabado, comprei um ticket diário para as área A e B, que custou 6,90 euros. 

A manhã estava fria e com bastante nevoeiro mas o passeio foi bem agradável. 

A igreja antes dos bombardeios
A "Igreja quebrada" (ou Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche) impressiona e tinha um mercado de natal bem legal do lado de fora. 

Dentro da igreja quebrada somente existe uma exposição com oque sobrou dela após os bombardeios. 

Achei interessante mas não fiquei 30 minutos lá. Não cobra-se nada para acessar a exposição e no prédio imediatamente em frente é onde as celebrações acontecem na área. No dia estava acontecendo uma apresentação de violino e piano. Adorei! 

Dalí, peguei o metrô e me encaminhei para a estação Berlin Gesundbrunnen. 

A empresa Berliner Unterwelten é especializada em tours em bunkers e o subterraneo de Berlim.

Eu escolhi o tour 1 - Dark World e o tour M- Under the Berlin wall.




O ingresso para o tour 1 custou 9 euros e para o tour 2 custou 11 euros. Existem tours em alemão e inglês mas deve-se atentar que há horário certo para cada tour e que há limite de pessoas, logo, convém chegar mais cedo para assegurar sua vaga. 

Como os locais que visitamos é sublocado de outras pessoas, os turistas não podem tirar fotos, só quando os guias dizem que pode. 
Eu gostei muito dos tours e recomendo. Não tinha ideia de como era um bunker mesmo e os guias mostram o local e contam as histórias. Tudo muito interessante. 

O tour M foi muito mais interessante porque a ideia é falar sobre as fugas ocorridas de Berlin oriental para ocidental pelo subterrâneo. 

Eu não fazia ideia de metade das formas. Foi muito legal ver o quanto as pessoas era criativas par buscar uma vida melhor mas ao mesmo tempo tudo era muito arriscado.

Foi muito legal o momento do tour que fizemos uma simulação de um tipo de fuga muito complicado: a fuga pelo esgoto.

Recomendo muitissimo essa e tenho que elogiar o guia, que não me lembro o nome, mas que parece o Sirius Black xD Ele usava um casaco roxo camursa e tinha o cabelo e a barba cumprido. O cara falava rápido mas eu entendia tudo ^^ 

O cronograma desse dia acabou e o plano era descansar. Mas estar em hostel significa chegar lá e acabar saindo para conversar com o pessoal. 
O Plus hostel tem diversos tipo de atrações para conhecermos a cidade ou os bares. Eu escolhi o tour dos bares, que sai as 20h em dias certos, e você vai conhecendo e bebendo de bar em bar na região.Foi muitooo legal (não no dia seguinte, claro!). 



Dia 5: Centro de Berlin e Memorial do Holocausto

Último dia em Berlim. Deixei a mochila no locker fornecido pelo hostel. Você pode só deixar no quarto reservado para as malas ou colocar dentro de lockers pagos dentro desse quarto. Acho muito mais seguro e recomendo que gaste-se 4 euros pela segurança da sua bagagem. 

Nesse dia tomei café da manhã no hostel, lavei roupa, fui na piscina e sauna, li livro e esperei para todo o sempre até a roupa estar seca. Depois se estar organizada fui cumprir o cronograma. 


Saí a pé e logo cheguei no East Side Gallery - o que sobrou do Muro de Berlim. O plano consistia em percorrer toda a extensão do muro da altura em que sai do hostel até a Alexanderplatz. Não rolou porque eu demorei muito tempo lendo o que estava escrito no muro, indo por um lado e voltando pelo outro do muro. O dia estava muito agradável e quando me dei conta, meu horário estava apertado. Aí atravessei a rua e peguei o s-bahn e desci na AlexanderPlatz. 

O foco nesse momento era conhece a parte chamada Nikolaiviertel, que eu li na internet que parecia te transportar para o medievalismo. 

Andei pelos arredores, e visitei a Nikolaikirche. A igreja é bem grande e bonita. A entrada custou 5 euros e vinha com audioguide incluído. Demorou 1h entre a visitação da igreja e os arredores. 



Retornei o caminho para a Alexanderplatz e passei na frente da Câmara Municipal de Berlim (Rotes Rathaus) e passei pelo mercado de natal localizado lá, junto a fonte de netuno e a pista de patinação no gelo. 


Depois de comprar muitas lembrancinhas na Alexanderplatz, peguei o metrô e fui para o ponto alto do dia: o Memorial do Holocausto. 


O local traz emoções diversas. Passeei entre as pedras por um tempo e depois fui para a fila de entrada da exposição que existe no local. A entrada é gratuita e o audioguide custa 2 euros. Li tudo, chorei e sai dali diferente. Não sei se é porque já havia ido ao campo de concentração de Dachau e ler aquelas história deixou tudo tão concreto. Senti o desespero das pessoas que foram perseguidas, torturadas e mortas, e lamentei a ignorância e ganancia humana. 

Meu dia morreu depois do memorial do holocausto. Voltei pro hostel e esperei até o horário de ir para o aeroporto. 

Informação importante: o transporte para esse dia abrangia as áreas ABC, pois eu iria para o aeroporto Schonefelde, e custou 7,80 euros. Sugiro que vocês não comprei passagens para de manhã cedo porque vcs vão ter que dormir no aeroporto ou morrer numa grana de taxi para chegar lá. 

O aeroporto tem uma estrutura meio bosta se comparado com os demais que conheci e dormir lá foi muuuitooo ruim. 

Mas tudo correu bem, o voo não teve atraso e a emigração foi tranquila. 

Próxima parada: Londres. 

Até!!















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